O que li em Janeiro

Assim como todos os anos, em 2014 estipulei uma meta de leitura de livros (aliás, é ótimo. Não tenha como meta “ler mais”; Tenha como meta um número definido). Nos anos anteriores, foram 20 livros durante os 12 meses.

Neste ano, estou pensando em algo um pouco mais agressivo, algo em torno de um livro por semana (o que, partindo de uma margem de erro dentro de viagens e semanas com MUITO trabalho, um total de 35-40 livros ao final de Dezembro). Não é uma meta fácil, mas esse artigo do blog do Ryan Holliday me fez pensar que é uma meta alcançável mesmo com o dia-a-dia corrido de um profissional de comunicação.

Dentro desse processo, achei que seria uma boa ideia mostrar minhas impressões sobre cada um dos livros que li em cada um dos meses do ano. Não significa que todos os livros listados aqui são recomendáveis, ou que mudarão sua vida (Isso talvez fique para outro artigo), mas é interessante colocar as impressões no papel.

Enfim, chega de enrolação:

 

The Graveyard Book — Neil Gaiman

Comecei um ano com uma “re-leitura”, na verdade. Eu havia lido esse livro pela primeira vez em 2011, e é um daqueles livros que faz você olhar para as pessoas ao seu redor com um pouco mais de carinho e atenção.

A história é simples, porém não muito convencional (assim como boa parte da obra do Neil Gaiman): Nobody Owens é uma criança que tem sua família assassinada e ainda recém-nascido acaba fugindo para um cemitério, onde é criado por fantasmas. Neste cemitério, o leitor é levado por diversos estágios da vida de Bod, desde o encontro com a primeira amiga, os primeiros aprendizados, e o primeiro amor.

Pode parecer um roteiro macabro, confuso e mórbido se considerarmos que estamos falando de um livro infantil. Mas estamos falando do autor de Coraline, uma das obras de terror infantil mais legais que já li até hoje. A narrativa de Gaiman te carrega com leveza pelas histórias contadas e faz com que você crie laços de afinidade com todas as personagens, dos humanos aos fantasmas, condenados a viverem (viverem?) eternamente no cemitério onde foram enterrados, retendo suas memórias e manias de tempos onde seus corações ainda batiam.

Sempre me perguntam por onde começar a ler Neil Gaiman (já li boa parte da bibliografia do autor, tendo, inclusive, uma coleção particular de suas obras), e The Graveyard Book é um bom começo. Gaiman é um autor com diversas facetas literárias, tendo criado desde livros infantis ao clássico dos quadrinhos britânicos, Sandman. Você dificilmente me verá não recomendando a leitura de algo dele.

 

Roube como um Artista — Austin Kleon

Um livro curto e direto, mas que exige atenção na leitura. Não pela complexidade da informação, termos rebuscados ou coisa assim. Na verdade, o livro é extremamente simples, mas a cada página o leitor recebe ótimos insights de como despertar sua própria criatividade — Ou melhor: roubá-la.

Kleon defende que a grande maioria dos artistas e criativos começam seu trabalho roubando o trabalho alheio. E estes assaltos criativos das mais variadas fontes enriquece nossas referências, contribuindo para que, com o tempo e muito treino, criemos um estilo próprio. O roubo seria apenas um ponto de partida.

O próprio livro de Kleon é algo a ser roubado. A linguagem é simples e as citações são diretas, o que facilita a leitura. Porém, o livro é bem humorado e inspirador, contando com citações de celebridades e ilustrações do próprio autor, que, dentr outras atividades, é figurinha carimbada em edições do SxSW.

Se você, assim como eu, busca algo para complementar seu repertório criativo, ou busca técnicas de “inspiração” que vão além do sentar no Starbucks com um Latte e um Macbook, recomendo a leitura de Roube como um Artista. É um livro que dificilmente consumirá mais do que 3 dias de leitura, mas é um ótimo livro para se ter sempre à mão.

 

The Books of Magic — Neil Gaiman

Acredito que falarei bastante de Neil Gaiman por aqui… Mas não posso evitar, é mais forte do que eu.

The Books of Magic é uma graphic novel publicada durante os anos de 1990 e 1991, e que posteriormente gerou uma nova série publicada à partir de 1994. A aventura de Timonthy Hunter por 4 visões diferentes sobre mágica e feitiçaria foi uma das obras que colaborou para consagrar Gaiman como uma das figuras mais importantes dos quadrinhos na virada da década de 90 para 80 e para colocar definitivamente a Inglaterra no mapa das graphic novels adultas (que teve como astro principal o gênio de Allan Moore).

Eu tento evitar, mas não consigo não comparar as graphic novels de Gaiman com sua obra-prima, Sandman. E Books of Magic simplesmente não chega lá. Apesar de uma história rica em detalhes e interessante, jogando na mistura personagens místicas como Constantine e Zatanna, a história não possui a imersão emocional e por vezes filosófica que Sandman causa. É uma história direta sobre um menino que precisa decidir entre despertar ou não seus poderes mágicos.

Mesmo assim, é um trabalho interessante de Neil Gaiman, e que possui o bônus de ter ilustrações de Charles Vess na obra. Não seria a obra que eu recomendaria para quem quisesse conhecer o autor, mas, mesmo assim, sugiro uma leitura (até pelo volume ser bem rápido de ler). Às vezes, sou só eu sendo crítico demais.

 

1Q84: Livro 2 — Haruki Murakami

Esse foi o último livro que li em Janeiro, mas com certeza o mais impressionante, espalhando meu cérebro por todos os lugares onde me atrevi a lê-lo.

Murakami tem uma prosa no mínimo curiosa. O japonês conta com um estilo extremamente detalhista, porém sem ser cansativo e chato como Tolkien. É uma descrição leve e imersiva, que te faz imaginar cada detalhe da cena precisamente como o autor a deve ter imagino. É uma obra legitimamente japonesa, mas com poucos elementos orientais escancarados, livre de eventuais preconceitos com o povo da Terra do Sol Nascente.

A história continua do ponto onde o primeiro livro começa a ficar emocionante (mas não te falarei nada além disso para você correr para uma livraria e adquirir sua cópia AGORA). O livro conta a história dos dois protagonistas alternando-as a cada capítulo, o que faz com que você seja obrigado a ler um capítulo inteiro apenas para descobrir o que acontece na sequência. Inclusive, isto me fez pensar que 1Q84 é uma obra que pode ser lida de duas maneiras distintas: Com a ordem imposta pelo autor; ou seguindo os capítulos de cada personagem em sequência. Essa lógica me lembra ligeiramente a narrativa de Cloud Atlas (se for para a livraria, procure este também na sessão de importados), o que é sensacional.

Mais do que uma história de ficção por vezes fantasiosa, 1Q84 é uma viagem filosófica no mundo da auto-dentificação e aceitação das condições impostas pela vida. É um livro sobre crenças, porém não é uma obra religiosa ou anti-religiosa. É uma história de amor, porém com personagens que não sabem o que sentem e nem como manifestar este amor.

É um livro fantástico, e mal posso esperar para começar a ler a última parte.

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O amor e ódio por The Last of Us

Os momentos que sucederam os créditos finais de The Last of Us foram marcados por uma série de questionamentos: O que eu havia acabado de presenciar? Não… O que eu havia acabado de fazer? O que considero moralmente correto? O que restará da humanidade quando as coisas apertarem de verdade? O jogo inteiro me trouxe diversos sentimentos que eu jamais havia sentido com o controle de um videogame em mãos.

Eu sabia que não havia jogado algo simples. Um dia, aquele jogo seria lembrado como um dos maiores marcos da História dos videogames e, consequentemente, de como percebemos o que é arte.

Sim, arte, pois ainda há quem insista que jogos eletrônicos não podem ser considerados arte. A estas pessoas, peço para que joguem Journey, Shadow of the Collossus, ou até mesmo The Legend of Zelda: Ocarina of Time, e tente não se sentir transformado ou impactado pelas mensagens transmitidas nesses jogos, talvez mais do que “admirar” um quadrado vermelho em fundo branco em uma exposição qualquer.

Dentro dessa vertente de games-arte, The Last of Us é uma obra-prima. É quase impossível jogá-lo sem se chocar com a violência, muitas vezes desnecessária no contexto geral, ou com a efemeridade com que a vida é tratada em um mundo pós-apocaliptico… Que está logo ali, daqui vinte anos, o que torna a história inteira muito mais palpável do que nos sentimos confortáveis em admitir. Mas também é impossível não ficar admirado com o que resta de humanidade nas pessoas, que nos emociona por sentir que, no fundo, pode ser que haja esperança para o mundo.

Entretanto, The Last of Us é um jogo revoltante e repulsivo. É triste imaginar a humanidade na situação em que o jogo se encontra, mas pior ainda é ver as atrocidades que as pessoas fazem em momentos de desespero. Ou até mesmo como um conceito como liberdade vai por terra quando as pessoas passam a agir por conta própria, ignorando a vida alheia. É cada um por si, sem piedade, ao ponto de que você mata pessoas de facções criminosas sem pestanejar, mas sente o coração apertar quando se vê obrigado a eliminar um Clicker. Além do barulho medonho que produzem (jogue no escuro com fones de ouvido e você entenderá perfeitamente o que estou dizendo), os infectados apresentam uma evolução macabra de personagem. A princípio, todos são iguais, mas não demora para que discursos como “prefiro morrer a virar um deles” te lembrem de que eles, um dia, já foram pessoas como você. Da mesma forma, é complicado eliminar um infectado que está em sua própria casa… de vestido. Esse detalhe te faz imaginar o que estas pessoas estavam fazendo quando foram infectadas; esses adversários deixam de ser meros monstros e passam a ter uma identidade.

O que parece não se encaixar (ou se encaixar perfeitamente, dependendo do seu ponto de vista) é a relação entre Joel e Ellie dentro desse contexto desolador. Joel tem todos os motivos do universo para não acreditar na humanidade, e é emocionante ver o personagem ao longo do jogo, desde um pai assustado com o surto de fungos, até uma pessoa dura, sem coração, que é consumido pelos sentimentos reprimidos por tantos anos. Da mesma forma, Ellie evolui de uma garota inocente, que tem curiosidade pelo que aquele mundo um dia foi, para alguém com um instinto de sobrevivência aguçado, mas que não se sente à vontade em matar alguém. É só reparar em como ela atira, desviando o olhar da vítima.

Aliás, diria que a parte mais incrível de The Last of Us é a construção dos personagens, a mais perfeita e coerente desde… Sei lá, Ocarina of Time? Naquele jogo, acompanhar o crescimento de Link e de todo um mundo que, mesmo assolado pelas trevas, soube continuar vivendo, era sensacional. Dadas as devidas proporções, o cenário se aproxima muito de The Last of Us. E, sim, de um zilhão de outras histórias, mas poucas foram tão envolventes e bem contadas como essas duas.

Por essa comparação, já é possível cravar The Last of Us como um dos melhores e mais importantes jogos não só dessa última geração, mas da História. Como disse, o jogo é um marco em como se utiliza os videogames para se contar uma história.

E, aqui, gostaria de dizer que a experiência dentro dos consoles é incrível e imersiva, mas que dificilmente seria adaptada com excelência para o cinema. O que faz do jogo uma obra-prima é justamente essa construção de personagens e misto de sentimentos que a história te leva a sentir, missão a missão. Você deixa de ser mero espectador para viver aquela atmosfera. Você entende as motivações de Joel em cada uma das decisões tomadas, por mais que discorde. E acredito que esse status seria extremamente complicado de ser atingido no cinema, quando se dispõe de duas horas para te convencer de que aquele mundo é verdadeiro e que as personagens tem milhões de facetas diferentes. Claro que existem obras sensacionais para o cinema, e posso me provar errado daqui alguns anos… Mas acredito que The Last of Us desempenhou seu papel como uma das principais obras lançadas em 2013.

Obrigado, Naughty Dog, por ter me dado a oportunidade de conhecer Joel e Ellie, e acompanhar suas histórias.

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Google Glass: O próximo passo dos gadgets inteligentes

Eu, de verdade, acredito que o Google Glass (ou a fórmula que permeia a parafernália) é o próximo passo além dos smartphones. Vendo esse vídeo que ilustra a interface sonora dos óculos e como ela é, na teoria, fácil de utilizar, não tem como pensar de outra maneira.

Na verdade, eu penso em alguns pontos. Se o óculos for mais como um assistente pessoal, do tipo que Siri e Google Now tentam ser, o Glass é lindo. Tirar fotos e gravar vídeos é lindo, simples e prático. Buscar coisas rápidas, utilizar mapas de maneira instantânea, compartilhar momentos… É tudo o que um smartphone já faz, mas de uma maneira rápida e quase instantânea.

O que me leva a pensar: Será que isso não só alimenta mais a cultura do imediatismo? Será que dando esse novo passo não estamos cultuando ainda mais o compartilhamento de bons momentos em detrimento de realmente aproveitá-los (uma das maiores críticas que é feita ao boom dos smartphones)?

Além disso, o Google não deixa claro como notificações funcionarão com o gadget. Na minha humilde opinião, notificações ficam no bolso para quando eu quiser vê-las, não na minha cara, a todo momento. Duvido que esta seja a tendência, mas é a minha torcida. E, de qualquer maneira, deverá ser possível desligá-las. Caso contrário, ficaremos ainda mais escravizados pelas nossas próprias notificações! Depois da minha experiência sem celular, a primeira coisa que fiz foi desligar as notificações de 80% dos meus aplicativos. E, de verdade, eu jamais voltaria atrás.

Outro ponto importante que eu considero é a dualidade entre estética e praticidade. O Google não é exatamente conhecido por priorizar a primeira. Ao invés disso, prefere implementar um sistema e aprimorar o design ao longo do tempo. O famoso permanente estado de Beta. Entretanto, estamos falando de algo que ficará no rosto das pessoas. E algo feio. Para a tecnologia efetivamente se tornar realidade, acredito que essa questão é uma das inúmeras a serem consideradas. Estamos falando de seres humanos em uma sociedade que, sim, se importa com estética. Vale lembrar que o Android só passou a ser massivamente “amado” e chamado de um “sistema completo” após a reformulação visual pelo qual o sistema passou na versão 4.0. Acredito que o Glass deve seguir o mesmo caminho.

Enfim, mantenho a opinião constatada lá em cima: essa é uma tecnologia que eu acredito, que eu apostaria meu dinheiro para daqui dois ou três anos. Talvez não pelas mãos do Google, sendo um sistema aberto como o próprio Android, por exemplo. Mas acredito que o Glass pode fazer parte do futuro dos nossos gadgets 🙂

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“Cloud Atlas”: erros e acertos ao longo de gerações e encarnações

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Acho que Deuses Americanos acabou de ser desbancado do topo da minha lista de “livros mais incríveis que já li” por essa obra concebida por David Mitchell. Um livro para a vida, e que me fará nunca mais olhar para as nuvens com os mesmos olhos.

Nunca um livro me incomodou ou me fez refletir tanto sobre sua história. Ou melhor, suas seis histórias, e os detalhes sutis que as conectam. Quão importante é um ato realizado no passado? Como uma gota d’água despejada por uma pessoa no século XIX tornar-se-á uma tempestade que causará a destruição da humanidade? Quantas vezes devemos errar e acertar as mesmas coisas, por toda a eternidade? Quão efêmera é a vida?

Acabei me fazendo essas e tantas outras perguntas enquanto lia este livro, ao mesmo tempo que tentava solucionar o quebra-cabeças por trás das histórias, narradas em situações, épocas, formas e por pessoas completamente diferentes. Ou talvez não, talvez estejamos falando da mesma pessoa por toda a história, desvendando seus mistérios e nos envolvendo por diversas de suas encarnações. Ou talvez… Não é possível ter certeza. Quando acreditamos ter entendido a trama, somos jogados para um lado totalmente diferente, arremessados contra a parede, abandonados pela nossa própria incapacidade de entendermos nossas próprias vidas.

Os detalhes permeiam a obra como um todo. As personagens insistem em erros cometidos no passado, desencadeiam ações futuras, enxergam os laços… Mas podem ou não interferir o mundo à sua volta a partir deste karma. As coisas ganham significados diferentes, as pessoas mudam, os pensamentos, as palavras… Porém, o ciclo da vida continua, ad infinitum, como nossas emoções. Como as nuvens no céu.

O mais fascinante disto tudo? Passei o livro inteiro procurando conexões complexas entre as eras narradas, entre as personagens descritas… Para, no fim, concluir que a vida não precisa ser tão complexa. Somos movidos por um senso individual, porém fazemos parte de um todo, de uma História. Acho que a mensagem por trás de Cloud Atlas é justamente essa: assim como uma música ou um livro podem ter um significado muito específico para cada um que os consome, a vida também muda de sentido de pessoa para pessoa. Basta que nós, meros mortais, encontremos o que nos motiva a acordar todos os dias, um eco a ser ouvido por todo o infinito, e tomemos isto como verdade a ser levada para sempre. Parece complexo, mas é muito mais simples do que realmente deve ser. E, talvez, esta simplicidade é o que nos amedronta a seguir em frente.

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Carta para 2012

‎2012,
Precisamos conversar.

Sabe, é complicado falar isso… Mas acho melhor nós terminarmos tudo. O problema sou eu, não você.

Bom, na verdade… Você também tem culpa.

Sério, eu não consigo lembrar de um ano que me maltratou tanto quanto você. Sim, 2008 também foi cruel… Mas vamos falar de você.

Com você, eu apanhei bastante. Foram inúmeras as desilusões, os arrependimentos, as descrenças e os choques de realidade. E o mais curioso é que, quando a gente começava a se entender, você aprontava mais uma. E, assim, nosso relacionamento foi se arrastando.

Mas, sabe de uma coisa? Apesar de tudo, você foi importante. Você me ajudou a aprender lições importantes em cada porrada. Assim, a seguinte era mais suportável, e acho que sou um cara muito mais preparado para enfrentar os problemas dos meus próximos relacionamentos com o tempo.

As desilusões também me orientaram. Quantas não foram as vezes que me peguei olhando para o teto e pensando “meu deus, é isso mesmo que eu quero da minha vida? Viver com alguém como 2012?”. Às vezes, a resposta era positiva. Outras, eu precisei repensar os rumos que eu quero seguir, o sentido que quero dar para minha vida.

Isso sem contar os momentos felizes. Graças a você, reencontrei pessoas que eu adoro demais, algumas que eu nunca deveria ter deixado me afastar. Foram viagens, rolês, rodas de bar… E teve os títulos do Coringão que vimos juntos, né?

Por isso eu te agradeço. Mas está na hora de seguir e frente.

Sim, eu não conheço 2013… Mas ela me dá esperança, sabe? Acho que as últimas alegrias que você me proporcionou nesse fim me fizeram olhar para 2013 com bons olhos, e acho que nosso relacionamento tem tudo para ser incrível.

Mas eu nunca vou te esquecer. Você pode ter certeza disso. Sempre haverá um espacinho no meu coração para essa nossa paixão tão atribulada.

Muito obrigado, 2012.

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